Mais ne nous délivrez pas du mal
Título original: Mais ne nous délivrez pas du mal
País(es) de origem: França
Data de lançamento: 5 de Abril de 1971 (França)
Realizador: Joël Séria
Género(s): Drama
Duração: 101 min
Classificação etária (França): Int. m/16
IMDB / Wikipedia
Página oficial do realizador
Ficha técnica do filme, na página oficial
Sinopse:
A história trágica de duas raparigas, alunas de um colégio de freiras, que por rebeldia da adolescência brincam aos rituais satânicos (no gozo) e provocam sexualmente os homens, também no gozo.
Trailer com teor eventualmente chocante
AVISO: Ambas as actrizes eram maiores de idade, durante as filmagens apresentadas. Não existe nada de inapropriado no trailer seguinte, mas este poderá ofender as crenças religiosas ou morais de alguns leitores.
Opinião
Um trabalho de qualidade e de interesse
Este é o segundo filme que vi do realizador francês Joël Séria, e também o segundo filme dele do qual escrevo, tendo eu já referido o Marie Poupée, lançado cinco anos mais tarde em 1976, também com a mesma actriz principal Jeanne Goupil.
Neste "Mas não nos livres do Mal" (que não deve possuir título português), não existe nudez como na "Maria Boneca" de 1976 (que provavelmente também não terá direito a título português), mas mesmo sem qualquer cena de nudez é ainda capaz de geral polémica, devido a certos tabús no Cinema, em particular a menina puxar a saia para mostrar a cuequinha, no trailer apresentado na ficha técnica.
Na minha opinião este é um bom filme, que não tem nada a ver com o género exploitation que os italianos adoravam. Este é um trabalho de qualidade, que executa de forma impecável uma história simples, mas polémica e avançada para a sua época.
Este Joël Séria não se trata de um cineasta armado em rapazola a fazer um filme satânico numa onda adolescente para chocar ou escandalizar o resto da malta, muito pelo contrário... Este cineasta era muito competente e fez bons filmes intemporais, que nada têm a ver com o género de "terror" ou "exploitation".
Ele é pouco reconhecido apenas devido ao medo e polémica que gerou nos distribuidores de filmes, pela sua coragem pioneira de abordar temas tabús pela primeira vez.
A história deste filme é simples, mas ao mesmo tempo complexa. Duas miúdas fazem "30 por 1 linha", revoltadas com a educação repressiva do colégio de freiras, o que levará a consequências trágicas...
Este filme não é tão bom como o excelente Marie Poupée (dei-lhe 10/10), mas é um bom filme e merece a nota seguinte...
A minha classificação: 80%
Curiosidades - Documento oficial de censura e proibição total do filme, assinado pelo Ministro de Assuntos Culturais Jacques Duhamel
Pelo que li, este filme esteve proibido em França, durante cerca de nove meses, o meu nível de compreensão do francês é infelizmente péssimo, e aqui não me posso socorrer do Google Translate, apenas entendi cerca de metade do documento, mas gostei do pouco que entendi, pela importância histórica e carácter oficial, no que diz respeito à censura no cinema, tema que me desperta o interesse.
No site do realizador existem mais scans de documentos e artigos de imprensa, acerca deste e de outros filmes dele:
http://www.joel-seria.fr/sitegalerie.php?galerie=2
Isto poderá interessar a algum estudante universitário que pretenda vir a escrever algum trabalho acerca da censura do cinema, ou apenas a pessoas curiosas como eu...
Título original: Mais ne nous délivrez pas du mal
País(es) de origem: França
Data de lançamento: 5 de Abril de 1971 (França)
Realizador: Joël Séria
Género(s): Drama
Duração: 101 min
Classificação etária (França): Int. m/16
IMDB / Wikipedia
Página oficial do realizador
Ficha técnica do filme, na página oficial
Sinopse:
A história trágica de duas raparigas, alunas de um colégio de freiras, que por rebeldia da adolescência brincam aos rituais satânicos (no gozo) e provocam sexualmente os homens, também no gozo.
Trailer com teor eventualmente chocante
AVISO: Ambas as actrizes eram maiores de idade, durante as filmagens apresentadas. Não existe nada de inapropriado no trailer seguinte, mas este poderá ofender as crenças religiosas ou morais de alguns leitores.
Opinião
Um trabalho de qualidade e de interesse
Este é o segundo filme que vi do realizador francês Joël Séria, e também o segundo filme dele do qual escrevo, tendo eu já referido o Marie Poupée, lançado cinco anos mais tarde em 1976, também com a mesma actriz principal Jeanne Goupil.
Neste "Mas não nos livres do Mal" (que não deve possuir título português), não existe nudez como na "Maria Boneca" de 1976 (que provavelmente também não terá direito a título português), mas mesmo sem qualquer cena de nudez é ainda capaz de geral polémica, devido a certos tabús no Cinema, em particular a menina puxar a saia para mostrar a cuequinha, no trailer apresentado na ficha técnica.
Na minha opinião este é um bom filme, que não tem nada a ver com o género exploitation que os italianos adoravam. Este é um trabalho de qualidade, que executa de forma impecável uma história simples, mas polémica e avançada para a sua época.
Este Joël Séria não se trata de um cineasta armado em rapazola a fazer um filme satânico numa onda adolescente para chocar ou escandalizar o resto da malta, muito pelo contrário... Este cineasta era muito competente e fez bons filmes intemporais, que nada têm a ver com o género de "terror" ou "exploitation".
Ele é pouco reconhecido apenas devido ao medo e polémica que gerou nos distribuidores de filmes, pela sua coragem pioneira de abordar temas tabús pela primeira vez.
A história deste filme é simples, mas ao mesmo tempo complexa. Duas miúdas fazem "30 por 1 linha", revoltadas com a educação repressiva do colégio de freiras, o que levará a consequências trágicas...
Este filme não é tão bom como o excelente Marie Poupée (dei-lhe 10/10), mas é um bom filme e merece a nota seguinte...
A minha classificação: 80%
Curiosidades - Documento oficial de censura e proibição total do filme, assinado pelo Ministro de Assuntos Culturais Jacques Duhamel
Pelo que li, este filme esteve proibido em França, durante cerca de nove meses, o meu nível de compreensão do francês é infelizmente péssimo, e aqui não me posso socorrer do Google Translate, apenas entendi cerca de metade do documento, mas gostei do pouco que entendi, pela importância histórica e carácter oficial, no que diz respeito à censura no cinema, tema que me desperta o interesse.
No site do realizador existem mais scans de documentos e artigos de imprensa, acerca deste e de outros filmes dele:
http://www.joel-seria.fr/sitegalerie.php?galerie=2
Isto poderá interessar a algum estudante universitário que pretenda vir a escrever algum trabalho acerca da censura do cinema, ou apenas a pessoas curiosas como eu...