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Observação: Texto escrito originalmente em Março de 2013.
Space Battleship Yamato*
*Título inglês internacional.
Ficção Científica/Drama/Aventura/Acção (131 min) - Título Original: "Space Battleship ヤマト"; Título literal português: ("Couraçado Espacial Yamato")
Data de Estreia: 1 de Dezembro de 2010 (Japão).
Realização: Takashi Yamazaki.
Sinopse:
Primeira adaptação live-action para o cinema, da série de animação de 1974, com o mesmo nome. A acção situa-se no ano de 2199, imediatamente após a destruição total da armada terrestre, perante uma invasão alienígena. O couraçado espacial Yamato, foi construido sob a camuflagem dos destroços do couraçado original, afundado em abril de 1945, mas agora à vista numa Terra sem oceanos, com a superfície inabitável.... Esta nave pretendia evacuar um pequeno grupo de humanos, para propagar a espécie e evitar a extinção total da humanidade, mas a sua missão é desviada à última da hora.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1477109/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Space_Battleship_Yamato_%282010_film%29
Trailer:
Opinião
O Space Battleship Yamato, é a adaptação "Live Action" (i.e. com actores) para o cinema, da série de animação japonesa original, de 1974, com o mesmo nome. A base da minha crítica será a comparação entre o filme e as várias encarnações da série, e a forma de como o filme, apesar de fraco, serve para introduzir o universo da série aos fãs de sci-fi, que não o conheçam e que gostarão de o conhecer, após ver o filme.
A nave espacial foi construída secretamente, utilizando a camuflagem dos destroços do couraçado japonês, com o mesmo nome, afundado em Abril de 1945. É por isso que tem sensivelmente o mesmo comprimento e silhueta do vaso de guerra, que a propósito foi o maior jamais construído.
A história do filme é um resumo, muito condensado, da saga da 1ª Época da série de animação, mas com sérias alterações e diferente desfecho. Uma característica da série era a retrospectiva a explicar o passado das personagens, bem desenvolvidas ao longo da temporada, para depois morrerem quase todos, e nalguns casos de forma melodramática, deixando marcas e traumas nos sobreviventes. O filme não possui duração suficiente para isto ser possível, teria de ter 8 horas, apesar de tudo é bem sucedido no melodrama da parte final do filme, que contém algumas das cenas mais tocantes e tristes do cinema, é nessa fase final que o filme é muito bem sucedido, infelizmente nao poderei explicar como e porquê, pois seria spoiler.
Enquanto adaptação cinematográfica, de uma B.D./Animação, é notóriamente diferente (para melhor) do o cinema de Hollywood, pois parte da uma base de desenhos animados não-infantis com grande maturidade. Mas a nível de efeitos especiais CGI, é totalmente inferior à 3ª série televisiva da Galactica (as duas primeiras séries usavam maquetes e efeitos ópticos). Os efeitos especiais são péssimos, e inferiores aos gráficos dos próprios desenhos animados.
O alcoolismo dos desenhos animados de 1974, continua presente no oficial médico, apenas substituíram o médico por uma médica, mas ela continua a andar pela nave com a garrafa de saké na mão. A RTP 2 autorizou este alcoolismo na sua programação infantil, os americanos puritanos é que ficaram doidos e censuraram a série toda, na versão Star Blazers.
Sinto bastante falta das batalhas espaciais apocalípticas, com grandes armadas e destruição de mundos, nunca o Star Trek ou a Galactica se aproximaram da escala da série de animação original, o filme falha por completo neste ponto.
Couraçado espacial Yamato em acção, nas diversas séries e filmes de animação, ao longo dos tempos.
A meu ver, o 2º ponto forte do filme (a seguir ao melodrama da parte final), é a ponte de comando, com encenação circular completa, a 360º, como pano de fundo para as estratégias e decisões militares, sempre agradáveis, mas aquém da série de animação.
Ponte da Yamato.
Em 3º lugar fica o capitão Okita, apenas pelo aspecto visual dele, porque sim e porque aquele chapéu de capitão do séc. XX fica bem numa nave espacial do ano 2199.
Capitão Okita.
Para os fãs de sci-fi que ainda não estejam convencidos a espreitar este filme, relembro que o fenómeno cultural do filme, inclui as várias músicas belíssimas e memoráveis, que até são tocadas em cerimónias da marinha japonesa:
Actualmente o Japão é a unica nação preparada para uma eventual invasão alienígena, pois as suas forças armadas já possuem, pelo menos, a banda sonora.
Em relação à interpretação dos actores, julgo que fizeram um excelente trabalho. Algumas atitudes que poderão parecer estranhas devem-se à emulação do estilo animé.
Cinema em estilo animé ou talvez anúncio a amaciador de cabelo Pantene.
Entretanto quem gostar do filme, e quiser mais e melhor, encontra-se actualmente em produção a novíssima série de luxo Space Battleship Yamato 2199, remake da saga original, com gráficos ultra-modernos, deixo um trailer:
Space Battleship Yamato*
*Título inglês internacional.
Ficção Científica/Drama/Aventura/Acção (131 min) - Título Original: "Space Battleship ヤマト"; Título literal português: ("Couraçado Espacial Yamato")
Data de Estreia: 1 de Dezembro de 2010 (Japão).
Realização: Takashi Yamazaki.
Sinopse:
Primeira adaptação live-action para o cinema, da série de animação de 1974, com o mesmo nome. A acção situa-se no ano de 2199, imediatamente após a destruição total da armada terrestre, perante uma invasão alienígena. O couraçado espacial Yamato, foi construido sob a camuflagem dos destroços do couraçado original, afundado em abril de 1945, mas agora à vista numa Terra sem oceanos, com a superfície inabitável.... Esta nave pretendia evacuar um pequeno grupo de humanos, para propagar a espécie e evitar a extinção total da humanidade, mas a sua missão é desviada à última da hora.
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1477109/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Space_Battleship_Yamato_%282010_film%29
Trailer:
Opinião
O Space Battleship Yamato, é a adaptação "Live Action" (i.e. com actores) para o cinema, da série de animação japonesa original, de 1974, com o mesmo nome. A base da minha crítica será a comparação entre o filme e as várias encarnações da série, e a forma de como o filme, apesar de fraco, serve para introduzir o universo da série aos fãs de sci-fi, que não o conheçam e que gostarão de o conhecer, após ver o filme.
A nave espacial foi construída secretamente, utilizando a camuflagem dos destroços do couraçado japonês, com o mesmo nome, afundado em Abril de 1945. É por isso que tem sensivelmente o mesmo comprimento e silhueta do vaso de guerra, que a propósito foi o maior jamais construído.
A história do filme é um resumo, muito condensado, da saga da 1ª Época da série de animação, mas com sérias alterações e diferente desfecho. Uma característica da série era a retrospectiva a explicar o passado das personagens, bem desenvolvidas ao longo da temporada, para depois morrerem quase todos, e nalguns casos de forma melodramática, deixando marcas e traumas nos sobreviventes. O filme não possui duração suficiente para isto ser possível, teria de ter 8 horas, apesar de tudo é bem sucedido no melodrama da parte final do filme, que contém algumas das cenas mais tocantes e tristes do cinema, é nessa fase final que o filme é muito bem sucedido, infelizmente nao poderei explicar como e porquê, pois seria spoiler.
Enquanto adaptação cinematográfica, de uma B.D./Animação, é notóriamente diferente (para melhor) do o cinema de Hollywood, pois parte da uma base de desenhos animados não-infantis com grande maturidade. Mas a nível de efeitos especiais CGI, é totalmente inferior à 3ª série televisiva da Galactica (as duas primeiras séries usavam maquetes e efeitos ópticos). Os efeitos especiais são péssimos, e inferiores aos gráficos dos próprios desenhos animados.
O alcoolismo dos desenhos animados de 1974, continua presente no oficial médico, apenas substituíram o médico por uma médica, mas ela continua a andar pela nave com a garrafa de saké na mão. A RTP 2 autorizou este alcoolismo na sua programação infantil, os americanos puritanos é que ficaram doidos e censuraram a série toda, na versão Star Blazers.
Sinto bastante falta das batalhas espaciais apocalípticas, com grandes armadas e destruição de mundos, nunca o Star Trek ou a Galactica se aproximaram da escala da série de animação original, o filme falha por completo neste ponto.
Couraçado espacial Yamato em acção, nas diversas séries e filmes de animação, ao longo dos tempos.
A meu ver, o 2º ponto forte do filme (a seguir ao melodrama da parte final), é a ponte de comando, com encenação circular completa, a 360º, como pano de fundo para as estratégias e decisões militares, sempre agradáveis, mas aquém da série de animação.
Ponte da Yamato.
Em 3º lugar fica o capitão Okita, apenas pelo aspecto visual dele, porque sim e porque aquele chapéu de capitão do séc. XX fica bem numa nave espacial do ano 2199.
Capitão Okita.
Para os fãs de sci-fi que ainda não estejam convencidos a espreitar este filme, relembro que o fenómeno cultural do filme, inclui as várias músicas belíssimas e memoráveis, que até são tocadas em cerimónias da marinha japonesa:
Actualmente o Japão é a unica nação preparada para uma eventual invasão alienígena, pois as suas forças armadas já possuem, pelo menos, a banda sonora.
Em relação à interpretação dos actores, julgo que fizeram um excelente trabalho. Algumas atitudes que poderão parecer estranhas devem-se à emulação do estilo animé.
Cinema em estilo animé ou talvez anúncio a amaciador de cabelo Pantene.
Entretanto quem gostar do filme, e quiser mais e melhor, encontra-se actualmente em produção a novíssima série de luxo Space Battleship Yamato 2199, remake da saga original, com gráficos ultra-modernos, deixo um trailer:
O "Zé da Adega" não aprova. 