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As Cartas Do Homem Morto
Título original: Письма мёртвого человека
Título português: As Cartas Do Homem Morto
Data de lançamento: 1 de Janeiro de 1986 (URSS); [1-8] de Novembro de 1986 (Festival de Troia - Portugal)
Realizador: Konstantin Lopushansky
Género(s): Drama/Ficção Científica
Duração: 88 min
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0091759/
Wikipédia: http://en.wikipedia.org/wiki/Dead_Man%27s_Letters
Trailer (amador):
Sinopse:
Em 1986, em plena guerra fria do equilíbrio do terror, devido a um erro informático, a União Soviética lança o seu arsenal nuclear sobre os países da aliança NATO, que retaliam automaticamente, sob a doutrina de Aniquilação Mútua Assegurada, provocando o holocausto e inverno nucleares. O filme conta a história de alguns sobreviventes...
Prémios:
1986
Prêmio Grande Prémio FIPRESCI no Festival Internacional de Cinema de Mannheim (Alemanha);
Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Cinema de Tróia;
1987
O prêmio máximo no Festival Internacional de Cinema em Varna;
Prêmio da Federação Francesa de Cineclubes para CF em Cannes;
Prêmio Estadual da RSFSR. Vasilyev irmãos;
O prêmio de Melhor Diretor no 8 º Festival Internacional de Cinema do cinema experimental em Madrid;
Film Festival Prêmio Especial do Júri da União em Tbilisi;
Opinião:
Apocalipse Nuclear...com realismo do cinema soviético...
Para quem se interessa pelo tema, e já viu os filmes "A Teia" (Reino Unido) e "O Dia Seguinte" (EUA), este é mais dramático, credível e realísta.
Já ouviram falar no incidente Petrov de 26 de Setembro de 1983? O dia em que quase todos morremos? A premissa do filme baseia-se nesse incidente:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stanislav_Petrov
No dia 26 de Setembro de 1983, ocorreu uma avaria nos computadores de defesa soviéticos, e por duas vezes foram reportados lançamentos de misseis nucleares intercontinentais de classe "Minutemen" a partir de bases norte-americanas. O oficial de serviço Stanislav Yevgrafovich Petrov, salvou o mundo, quando suspeitou que era avaria da rede de satélites, e ocultou a informação dos seus superiores. Esse senhor ainda está vivo, e o mínimo que os leitores podem fazer é ler o artigo, em português acerca dele, já que ele literalmente salvou o mundo.
Ele tem direito a fotografia neste tópico:
Entrevista de Fevereiro de 2013, na edição portuguesa do jornal Voz da Rússia: http://portuguese.ruvr.ru/2013_02_20/Oficial-russo-distinguido-com-premio-por-ter-evitado-guerra-nuclear/
Ora bem o filme baseia-se exactamente na hipótese semelhante, mas com desfecho trágico oposto ao incidente Petrov.
O filme é pesado, sombrio, profundo, comovente, filosófico, etc. É um filme brilhante, que pode ser facilmente confundido com um filme artístico ou intelectual, pela lentidão e reflexão, mas é um filme lógico e credível com personagens normais, não existem malucos ou maus da fita, são todos pessoas normais a viver na pele o Apocalipse da 3ª Guerra Mundial.
Na imagem anterior vemos o personagem principal, um físico galardoado com o prémio Nobel. Esta personagem foi inspirado numa pessoa verdadeira, o Físico Andrei Sakharov, co-criador da bomba de Hidrogénio e vencedor do Nobel da Paz, que foi preso em 1980 por se opor à ditadura soviética:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Andrei_Sakharov
A fotografia do filme é fantástica, existe aqui um toque especial qualquer.
Destaque para este hovercraft gigante, alguma arma secreta militar russa, ao serviço do filme:
Os cenários são bons:
Até as portas blindadas dos bunkers são credíveis, e com sistema de fechadura funcional:
A reconstituição e explicação do ataque nuclear, apenas ocorrem a meio do filme, em retroespectiva.
Existem 3 momentos dramáticos que me marcaram no filme:
O primeiro momento marcante (imagem acima), é quando percebemos que as crianças não são autorizadas a entrar no bunker central, devido à reduzida esperança de sobrevivência.
O segundo momento, é o periodo de silêncio desde que uma das pessoas se despede e explica porque se vai suicidar e abandona a sala, até ao som do tiro
A facada final é quando o cientista, que ficou sozinho a tomar conta das crianças orfãs, constroí uma árvore de Natal improvisada. Quase que chorava nessa cena, e eu não choro em filmes.
Um filme obrigatório 10/10!
Título original: Письма мёртвого человека
Título português: As Cartas Do Homem Morto
Data de lançamento: 1 de Janeiro de 1986 (URSS); [1-8] de Novembro de 1986 (Festival de Troia - Portugal)
Realizador: Konstantin Lopushansky
Género(s): Drama/Ficção Científica
Duração: 88 min
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0091759/
Wikipédia: http://en.wikipedia.org/wiki/Dead_Man%27s_Letters
Trailer (amador):
Sinopse:
Em 1986, em plena guerra fria do equilíbrio do terror, devido a um erro informático, a União Soviética lança o seu arsenal nuclear sobre os países da aliança NATO, que retaliam automaticamente, sob a doutrina de Aniquilação Mútua Assegurada, provocando o holocausto e inverno nucleares. O filme conta a história de alguns sobreviventes...
Prémios:
1986
Prêmio Grande Prémio FIPRESCI no Festival Internacional de Cinema de Mannheim (Alemanha);
Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Cinema de Tróia;
1987
O prêmio máximo no Festival Internacional de Cinema em Varna;
Prêmio da Federação Francesa de Cineclubes para CF em Cannes;
Prêmio Estadual da RSFSR. Vasilyev irmãos;
O prêmio de Melhor Diretor no 8 º Festival Internacional de Cinema do cinema experimental em Madrid;
Film Festival Prêmio Especial do Júri da União em Tbilisi;
Opinião:
Apocalipse Nuclear...com realismo do cinema soviético...
Para quem se interessa pelo tema, e já viu os filmes "A Teia" (Reino Unido) e "O Dia Seguinte" (EUA), este é mais dramático, credível e realísta.
Já ouviram falar no incidente Petrov de 26 de Setembro de 1983? O dia em que quase todos morremos? A premissa do filme baseia-se nesse incidente:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stanislav_Petrov
No dia 26 de Setembro de 1983, ocorreu uma avaria nos computadores de defesa soviéticos, e por duas vezes foram reportados lançamentos de misseis nucleares intercontinentais de classe "Minutemen" a partir de bases norte-americanas. O oficial de serviço Stanislav Yevgrafovich Petrov, salvou o mundo, quando suspeitou que era avaria da rede de satélites, e ocultou a informação dos seus superiores. Esse senhor ainda está vivo, e o mínimo que os leitores podem fazer é ler o artigo, em português acerca dele, já que ele literalmente salvou o mundo.
Ele tem direito a fotografia neste tópico:
Entrevista de Fevereiro de 2013, na edição portuguesa do jornal Voz da Rússia: http://portuguese.ruvr.ru/2013_02_20/Oficial-russo-distinguido-com-premio-por-ter-evitado-guerra-nuclear/
Ora bem o filme baseia-se exactamente na hipótese semelhante, mas com desfecho trágico oposto ao incidente Petrov.
O filme é pesado, sombrio, profundo, comovente, filosófico, etc. É um filme brilhante, que pode ser facilmente confundido com um filme artístico ou intelectual, pela lentidão e reflexão, mas é um filme lógico e credível com personagens normais, não existem malucos ou maus da fita, são todos pessoas normais a viver na pele o Apocalipse da 3ª Guerra Mundial.
Na imagem anterior vemos o personagem principal, um físico galardoado com o prémio Nobel. Esta personagem foi inspirado numa pessoa verdadeira, o Físico Andrei Sakharov, co-criador da bomba de Hidrogénio e vencedor do Nobel da Paz, que foi preso em 1980 por se opor à ditadura soviética:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Andrei_Sakharov
A fotografia do filme é fantástica, existe aqui um toque especial qualquer.
Destaque para este hovercraft gigante, alguma arma secreta militar russa, ao serviço do filme:
Os cenários são bons:
Até as portas blindadas dos bunkers são credíveis, e com sistema de fechadura funcional:
A reconstituição e explicação do ataque nuclear, apenas ocorrem a meio do filme, em retroespectiva.
Existem 3 momentos dramáticos que me marcaram no filme:
O primeiro momento marcante (imagem acima), é quando percebemos que as crianças não são autorizadas a entrar no bunker central, devido à reduzida esperança de sobrevivência.
O segundo momento, é o periodo de silêncio desde que uma das pessoas se despede e explica porque se vai suicidar e abandona a sala, até ao som do tiro
A facada final é quando o cientista, que ficou sozinho a tomar conta das crianças orfãs, constroí uma árvore de Natal improvisada. Quase que chorava nessa cena, e eu não choro em filmes.
Um filme obrigatório 10/10!
Última edição por Zé da Adega em Qua Jan 21 2015, 00:09, editado 1 vez(es)
Eu não sei ler cirílico mas vou apanhando algumas coisas... 
